A Minha História
Chamo-me Patrícia Monteiro e nasci em Lisboa em 1980.
Cresci rodeada por céticos, pessoas com pouca abertura mental e sem conhecimento sobre espiritualidade.
Quando era criança, lembrava-me de coisas que não tinha vivido nesta vida. Hoje sei que eram memórias de vidas passadas ou paralelas, mas, na altura, não havia ninguém à minha volta que me entendesse, ou que me pudesse explicar isso.
Também em criança tinha muita consciência de que a morte não existe como um fim. Nunca me fez sentido passar a vida a crescer, a aprender, a expandir e a evoluir, para no final tudo se perder.
Desde criança que tenho também uma forte conexão com os planetas. Antes de dormir, visualizava-me muitas vezes a morar fora da Terra, como se fosse uma nostalgia, ou uma memória de ter vivido fora daqui.
Também desde criança que tenho aquela noção de que todos nascemos com um propósito especial, que nos cabe a nós realizar nesta vida, se realmente desejamos viver uma vida com sentido.
Intuitivamente sabia que um dia, mais à frente, tudo isto iria ser confirmado e que uma mulher me iria ajudar a encontrar as minhas respostas e confirmações.
Entretanto fui crescendo e fui mentalmente programada e formatada pela escola, pela sociedade e pela família. Acabei por esquecer quase tudo.
“Imaginação de criança”, é o que se costuma dizer em relação a tudo aquilo que tira os adultos dos seus modelos rígidos e da sua zona de conforto.
Eu própria cheguei a acreditar ter imaginado, ao ponto de quase me esquecer completamente de todas as minhas intuições de infância e de me afastar de quem eu realmente sou.
Lembro-me de me ter sentido a vida toda deslocada, em relação a tudo e a todos, e de fazer um esforço constante para me integrar.
Sentia-me sempre sozinha, mas, ao mesmo tempo, rodeada de pessoas, e não interessava em que contexto me encontrava.
Tanto me esforcei por me integrar, que acabei por me convencer que fazia parte da sociedade e que a vida era mesmo só aquilo que os meus sentidos físicos captavam.
Aos meus 30 anos, tornei-me naquela adulta que todos à minha volta queriam que eu fosse. Tinha um trabalho “normal”, na área em que me tinha formado (área do exercício físico), estava a morar com o meu namorado da altura, com a ideia em mente de vir a constituir uma família e perseguia objetivos apenas materiais, tais como, comprar uma casa, um carro, ganhar um certo dinheiro ao final do mês, etc..
Sabia desde criança que iria ser professora e foi isso que me tornei, mas, no contexto do exercício físico.
Tudo aparentemente corria bem, mas, dentro de mim um vazio estranho começava a instalar-se, dia após dia. Ao início eu ignorava, mas esse vazio persistia, como se me quisesse dizer que aquela não era a minha vida.
Os sentimentos de solidão e de estar deslocada de tudo começaram a vir ao de cima com mais força, e eu comecei a sentir-me profundamente infeliz e sofria em silêncio com isso, continuando a viver a vida que já vivia.
Em paralelo com tudo isto, comecei a desenvolver sintomas físicos curiosos. Tinha uma sensação constante de água dentro dos ouvidos e que não foi tratada pela medicina convencional, apenas porque o médico me fez todos os exames e chegou à conclusão que eu “não tinha nada”.
Ora, “nada”, era uma resposta que eu não podia aceitar, pois sentia muita água dentro dos ouvidos e, quando abanava a cabeça, sentia uma espécie de água agitada, como quando abanamos um copo com água. Era extremamente desconfortável e estranho o suficiente, para me colocar em busca de uma solução.
Resolvi, então, ir experimentar fazer Acupuntura.
Durante as sessões, eu entrava em estados alterados de consciência que eram novos para mim, e acredito ter sido esse o momento em que comecei a despertar espiritualmente.
Algumas sessões depois, estava claro para mim que eu vivia uma vida infeliz. Havia um desejo interior de me ligar a algo invisível e que ultrapassava esta vida material.
Não sabia o que procurar, nem o que iria fazer para encontrar.
Esta foi das alturas da minha vida em que me senti mais perdida. Pois, não há nada pior do que reconhecermos que estamos num cenário de vida totalmente errado, mas não fazermos a menor ideia de como mudar isso, nem para onde nos deslocar.
Foi precisamente nessa fase que o Universo entrou em cena para me orientar.
Acredito que, quando estamos perdidos, se formos honestos connosco interiormente e reconhecermos que precisamos de mudar, mesmo sem rezarmos nem fazermos nenhum pedido especial ao Universo, ele orquestra um conjunto de sincronicidades com o objetivo de nos ajudar.
Foi exatamente isso que aconteceu comigo.
Logo a seguir, conheci uma mulher numa festa com quem senti uma conexão imediata. Ela fazia sessões de terapia de som com Taças Tibetanas. Eu fiquei muito interessada em saber mais sobre o assunto e estivemos muito tempo a conversar, até que trocámos o contacto e eu comecei a fazer sessões com ela.
Foram trocas muito importantes na minha caminhada espiritual. Ainda hoje me lembro de alguns conselhos incríveis que essa pessoa me deu.
Depois da primeira sessão, o meu chakra da coroa abriu e eu senti muita energia acima da minha cabeça. Passei os 15 dias seguintes a pensar que tinha o cabelo todo levantado. 🤣🤣
Depois disso, comecei a ver as coisas com uma consciência mais expandida e a sentir-me sincronizada com tudo e com todos. Eu conseguia sentir as pessoas antes delas me telefonarem, como se adivinhasse, e comecei a ficar maravilhada com o que estava a acontecer comigo.
Sempre que pensava em algo, um conjunto de sincronicidades faziam com que essa coisa viesse até mim. Hoje sei que se trata da nossa capacidade de manifestação, mas, na altura, eu não sabia isso.
Comecei a ser intuitivamente guiada a fazer formações relacionadas com espiritualidade, e as minhas memórias de infância começaram progressivamente a despertar.
A sensação de ter água dentro dos ouvidos melhorou com a Acupuntura, mas apenas passou quando comecei a fazer as sessões de Taças Tibetanas.
Hoje vejo que eu estava a começar a desenvolver esse problema por estar afastada do meu verdadeiro propósito de alma e também porque sou clariaudiente. Eu nasci para receber informação espiritual através dos ouvidos, coisa que, até àquele momento, eu não estava a fazer.
A sensação de água nos ouvidos era provocada por uma energia muito forte, que estava acumulada nessa zona porque eu não me permitia ouvir. Assim que comecei a ouvir a minha alma e o espírito, tudo isso passou.
Identifiquei aquela mulher com quem fiz as sessões de Taças Tibetanas, como a mulher que me “tinha sido dito” na infância que eu ia encontrar e que me ia ajudar a entender tudo aquilo que eu não conseguia compreender na altura.
Muitas outras mulheres cruzaram o meu caminho depois, e todas elas me ajudaram significativamente no meu despertar espiritual.
Acredito que a informação que me foi dada na infância, era apenas uma referência para que eu prestasse especial atenção às mulheres, pois elas iriam ter um papel relevante na minha jornada espiritual.
Tudo aquilo que senti e tive consciência na infância acabou por ser esclarecido mais tarde.
Tomei consciência da minha origem estelar, fui guiada a abraçar o meu propósito de alma e foi aberto um canal espiritual em mim, a partir do qual comecei a ter acesso às minhas próprias vidas passadas.
Com este meu despertar espiritual, acabei por largar a vida que tinha na altura, pois cada vez que me aproximava mais da minha alma, menos certas coisas, situações e pessoas faziam sentido para mim ou ressoavam comigo.
Nessa fase, eu ainda trabalhava na área do exercício físico, embora a espiritualidade ocupasse cada vez mais o meu tempo e cativasse mais o meu interesse.
Quando tinha quase 32 anos, a minha mãe faleceu após uma cirurgia complicada.
Até àquele momento, a minha mãe era uma importante referência de vida para mim. Inconscientemente, passei a vida toda a tentar agradar à minha mãe e vivia em função da aprovação dela para tudo.
Quando ela deixou esta vida, eu deparei-me novamente com a realidade não só de não saber quem eu era, como também de não saber distinguir quem eu era, de quem eu me tornei para tentar agradar à minha mãe durante tantos anos.
O vazio que tinha sentido anteriormente e que me tinha levado ao meu primeiro despertar espiritual, instalou-se de novo. Desta vez, foi tudo mais intenso e mais doloroso.
Para além de ter que fazer o luto da morte da minha mãe, tive também que fazer o luto da parte de mim que a tentava agradar e que partiu com ela.
Ao mesmo tempo, eu comecei pela primeira vez a sentir que o exercício físico deixou de fazer sentido para mim como profissão.
Ainda hoje me lembro do dia em que fui trabalhar, em que senti que a minha ligação à área do exercício físico tinha acabado. Foi como se a imagem daquele momento tivesse parado e congelado, e eu tivesse tirado uma fotografia para nunca mais me esquecer.
Nesse dia, fui para casa com duas certezas: a de que não ia mais continuar a trabalhar na área do exercício físico (a não ser que eu me quisesse mentir a mim mesma), e a de que a espiritualidade estava cada vez mais a chamar por mim. De resto, não sabia mais nada…
Como me sentia perdida, pois sabia que ia largar algo em que tinha trabalhado nos últimos 12 anos, sem saber o que iria fazer a seguir, resolvi fazer um exercício interessante, que acabou por mudar a minha vida.
Sentada no chão de casa, em meditação, fechei os olhos e conectei com a minha alma. Imaginei que só tinha 1 ano de vida pela frente e perguntei à minha alma o que ela mais gostaria de fazer e concretizar nesse tempo. Criei uma lista e comprometi-me a fazer as principais coisas que estavam escritas nela.
Logo a seguir, tomei a decisão de deixar a área do exercício físico de vez.
Comecei a trabalhar na área da espiritualidade. Na altura atendia presencialmente, para fazer sessões de Cura (pratiquei vários tipos e formatos de Cura) e atendimentos de Leitura de Cartas.
As principais coisas que estavam escritas na minha lista foram fluindo e acontecendo sequencialmente. Havia apenas uma que só iniciei quando o ano estava praticamente a chegar ao fim, que era escrever e publicar um livro.
A ideia de escrever um livro, que me foi revelada pela minha alma, surpreendeu-me. Eu não fazia ideia que tinha um desejo interior de escrever e muito menos sabia sobre o que é que poderia escrever.
Como estava meia perdida, e esperava encontrar respostas para o meu caminho no exterior (através de cursos e de outras pessoas), resolvi que ia usar a escrita daquele livro para fazer o caminho até ao meu interior e tentar encontrar as respostas dentro de mim.
Escrevi, então, o Milagres da Alma e foi quando tudo começou a mudar realmente na minha vida. Não parei de escrever nem publicar livros, até este momento.
O meu propósito de alma foi começando a fluir e a tornar-se cada vez mais claro para mim, apesar de ter tido bastantes desafios pessoais e profissionais, até abraçar totalmente aquilo que faço hoje em dia, e que sei dentro de mim que nasci para fazer.
Perdi muitas pessoas que considerava amigas, ao longo da minha caminhada, especialmente depois dos meus 37 anos, e perdi pessoas que me acompanhavam diariamente, com quem eu achava que podia contar. Algumas simplesmente se afastaram, outras eu acabei por afastar-me, por sentir que já não ressoavam comigo.
Quer tenha sido de uma forma ou de outra, houve um grande crescimento interior e um trabalho de desapego, que foi feito nestes últimos anos.
Passei a estar mais tempo sozinha e rodeada apenas das poucas pessoas que realmente encaixavam totalmente comigo.
Hoje em dia não sinto falta de estar rodeada de pessoas, como acontecia quando trabalhava na área do exercício físico. No entanto, inicialmente, a transição de um estilo de vida agitado para um estilo de vida mais tranquilo, não foi fácil.
Nós não nos apercebemos, mas facilmente nos viciamos em tarefas, em velocidade, em drama, em andar atrás de pessoas e coisas que não nos fazem bem e que apenas nos ajudam a fugir de nós mesmos. Deixar ir todos esses vícios foi um processo longo e difícil, mas que me abriu para saber quem eu realmente sou (sem todas essas coisas à minha volta).
Todos os meus sentidos extrafísicos se desenvolveram, o que fez de mim uma pessoa mais sensível e essa sensibilidade deixou de ser compatível com o estilo de vida que eu tinha anteriormente. Gosto de silêncio e preciso dele para fazer o trabalho que faço hoje em dia, para conectar com o espírito e para conectar e nutrir a minha própria alma.
Ironicamente, apesar de passar muito tempo sozinha, nunca mais me senti só nem deslocada como antes me sentia.
É a magia de vivermos em alinhamento com a nossa alma e com o nosso real propósito.
Hoje em dia trabalho acima de tudo focada em ajudar milhares de pessoas, através de Leituras de Cartas e outros vídeos que publico no Youtube, dos Cursos Online, dos Livros, dos Baralhos, das Meditações e das Curas.
O meu trabalho tornou-se numa expressão altamente criativa e inspirada do meu ser, que nunca pensei sequer que existisse.
Tive que tirar de mim milhares de camadas de condicionamentos, programas mentais, padrões e crenças inconscientes, para me descobrir desta forma.
Não me arrependo nem por um instante. Descobri-me a mim.
Como uma consequência natural do que recebi da minha própria caminhada, ajudo também milhares de pessoas a descobrir quem elas são, a transformar a sua vida, a alinhar-se com uma melhor versão, a expandir os seus dons e a manifestar os seus sonhos.
Pois, só podemos dar aos outros, aquilo que temos a coragem para receber em nós. Pelo menos, acredito profundamente nisso.
Espero que este trabalho de expansão e autodescoberta não acabe nunca. Pois, aprendi a gostar de me observar a mim mesma, de gerir e de conhecer a minha energia e de usar os meus dons espirituais.
Com a minha própria experiência na espiritualidade, com mais de 10 anos e com o conhecimento adquirido nas inúmeras formações que participei, tornei-me muito boa a facilitar Cura, utilizando atualmente as minhas próprias técnicas, super poderosas e eficazes.
Tornei-me também excelente a fazer Leituras Intuitivas de Cartas, contando histórias reais e detalhadas, que deixam as pessoas perplexas, emocionadas e que as ajudam a curar e transformar completamente.
Também despertei em mim o dom de ensinar as pessoas a manifestarem os seus sonhos, aprendendo, explorando e desenvolvendo técnicas de manifestação, que partilho com elas e das quais recebo regularmente histórias de manifestações concretizadas com sucesso.
A proposta do meu trabalho para si é a seguinte: que desenvolva o gosto e a motivação de se conhecer a si mesmo(a), até ao final da vida, descobrindo os seus dons, o seu propósito de alma, assumindo o seu poder pessoal, para manifestar a sua vida de sonho e para descobrir quem você realmente nasceu para ser.
Grata por ler a minha história!
💗
Patrícia Monteiro
[Texto atualizado a 24 de Setembro de 2023]